Meu relacionamento com a comida
Erachma
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em Apresente-se
Pessoal, eu sou uma pessoa que, desde a adolescência, luta contra a balança. Nunca cheguei à obesidade, mas isso por mero acaso, já que às vezes a falta de dinheiro te faz emagrecer. É um absurdo, mas descobri, apenas aos 30 anos de idade, que sou responsável pelas coisas que como.
Durante a infância, meus pais tiveram uma situação financeira confortável, e eu tinha igual acesso às coisas saudáveis e porcarias. Como qualquer criança, sempre preferi doces, chocolates, salgadinhos e toda a sorte de comidas industrializadas ricas em açúcar, gordura e sal, e as quantidades dessas comidas era controlada pelos meus pais (e ainda bem, né? Se não fosse assim eu teria virado uma bolinha facilmente).
Ocorre que, na adolescência, a situação financeira da minha casa piorou - e MUITO - e eu passei a ter acesso à porcarias apenas esporadicamente (sempre fui meio cheinha, mas porque minha alimentação era composta basicamente por coisas que, embora não sejam intrinsecamente ruins, me inchavam, como feijão, pão, biscoitos etc.). Somado a isso, não tínhamos carro, então eu caminhava 4km por dia, para ir e voltar da escola, sendo que parte do trajeto era uma ladeira. Isso fez com que eu não tivesse corpo de musa do verão, mas também não me deixou extrapolar o sobrepeso.
Depois, mudei de cidade, para estudar para o vestibular, e aí minha alimentação ficou horrorosa. Comia pouquíssimo nas refeições (meu nervosismo sempre foi do tipo que trava meu estômago) e sobrevivia de Top Sundae com calda extra. Apesar do sorvete ser bem gordinho, o fato é que eu consumia alguma coisa em torno de 600kcal por dia, subia e descia as escadarias do cursinho, andava pela Av. Paulista em passos apressados, e estudava loucamente. Por isso, acabei emagrecendo bastante, mesmo minha composição corporal continuando bem ruim.
Durante a faculdade, o acesso a porcarias aumentou, e com ele veio o consumo exagerado de bebidas alcoólicas (quem nunca?), e tornei a engordar, recuperando tudo o que eu havia perdido no cursinho e ganhando ainda mais, rs. Perto da entrega do TCC, tive meu peso mais baixo, porque o nervosismo e o rigor das minhas atividades diárias (andava bastante, subia e descia ladeiras, estudava e escrevia que nem louca e me rearranjava em um trabalho novo), associados ao shake da Herbalife (era tão prático! eu não precisava "gastar tempo comendo" e diziam que eu reporia todas as vitaminas e minerais necessários, rsrsrsrs). Quando as coisas se aquietaram novamente, tornei a engordar e daí não parei mais.
Foi quando, anos depois de tudo isso, em visita à nutricionista, percebi que, durante toda a minha vida, deixei as circunstâncias dominarem o meu prato. Não aprendi a dizer não para o que seria prejudicial à minha saúde, e entreguei todas as escolhas que deveria ter feito ao destino. Era a primeira vez que me dava conta de ser dona do meu corpo e das minhas escolhas: pressão social, pressão econômica, tudo isso pesa muito - tanto que controlavam minha vida -, mas a verdade é: só entra na minha boca o que eu permito. Só compõe meu corpo aquilo que EU decidi fazer: exercícios ou o sofá, fruta light ou sorvete gordo, estar com as pessoas que me amam e dão apoio ou com as pessoas que só me colocam para baixo.
Diante dessa descoberta, que é tão óbvia e revolucionária ao mesmo tempo, tenho investigado e consumido só o que me faz bem. Como resultado, a rota do emagrecimento está de volta, e eu nem tenho mais pressa, porque também só aceito sentimentos que me fazem bem.
Durante a infância, meus pais tiveram uma situação financeira confortável, e eu tinha igual acesso às coisas saudáveis e porcarias. Como qualquer criança, sempre preferi doces, chocolates, salgadinhos e toda a sorte de comidas industrializadas ricas em açúcar, gordura e sal, e as quantidades dessas comidas era controlada pelos meus pais (e ainda bem, né? Se não fosse assim eu teria virado uma bolinha facilmente).
Ocorre que, na adolescência, a situação financeira da minha casa piorou - e MUITO - e eu passei a ter acesso à porcarias apenas esporadicamente (sempre fui meio cheinha, mas porque minha alimentação era composta basicamente por coisas que, embora não sejam intrinsecamente ruins, me inchavam, como feijão, pão, biscoitos etc.). Somado a isso, não tínhamos carro, então eu caminhava 4km por dia, para ir e voltar da escola, sendo que parte do trajeto era uma ladeira. Isso fez com que eu não tivesse corpo de musa do verão, mas também não me deixou extrapolar o sobrepeso.
Depois, mudei de cidade, para estudar para o vestibular, e aí minha alimentação ficou horrorosa. Comia pouquíssimo nas refeições (meu nervosismo sempre foi do tipo que trava meu estômago) e sobrevivia de Top Sundae com calda extra. Apesar do sorvete ser bem gordinho, o fato é que eu consumia alguma coisa em torno de 600kcal por dia, subia e descia as escadarias do cursinho, andava pela Av. Paulista em passos apressados, e estudava loucamente. Por isso, acabei emagrecendo bastante, mesmo minha composição corporal continuando bem ruim.
Durante a faculdade, o acesso a porcarias aumentou, e com ele veio o consumo exagerado de bebidas alcoólicas (quem nunca?), e tornei a engordar, recuperando tudo o que eu havia perdido no cursinho e ganhando ainda mais, rs. Perto da entrega do TCC, tive meu peso mais baixo, porque o nervosismo e o rigor das minhas atividades diárias (andava bastante, subia e descia ladeiras, estudava e escrevia que nem louca e me rearranjava em um trabalho novo), associados ao shake da Herbalife (era tão prático! eu não precisava "gastar tempo comendo" e diziam que eu reporia todas as vitaminas e minerais necessários, rsrsrsrs). Quando as coisas se aquietaram novamente, tornei a engordar e daí não parei mais.
Foi quando, anos depois de tudo isso, em visita à nutricionista, percebi que, durante toda a minha vida, deixei as circunstâncias dominarem o meu prato. Não aprendi a dizer não para o que seria prejudicial à minha saúde, e entreguei todas as escolhas que deveria ter feito ao destino. Era a primeira vez que me dava conta de ser dona do meu corpo e das minhas escolhas: pressão social, pressão econômica, tudo isso pesa muito - tanto que controlavam minha vida -, mas a verdade é: só entra na minha boca o que eu permito. Só compõe meu corpo aquilo que EU decidi fazer: exercícios ou o sofá, fruta light ou sorvete gordo, estar com as pessoas que me amam e dão apoio ou com as pessoas que só me colocam para baixo.
Diante dessa descoberta, que é tão óbvia e revolucionária ao mesmo tempo, tenho investigado e consumido só o que me faz bem. Como resultado, a rota do emagrecimento está de volta, e eu nem tenho mais pressa, porque também só aceito sentimentos que me fazem bem.
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Comentários
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Parabéns!! Isso aí!! Com ajuda de um grupo e um coach eliminei 17kg e hoje sou outra mulher!1
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